02 abril 2010

noite-dia

Não tenho tempo de correr
de ficar
de barganhar.

Não tenho tempo nem pressa.
Não sei dos minutos
ou de qualquer outra partícula.

Há falta de tempo
de gozo
de promessa
- a falta que não se permite faltar.

O tempo se foi
o medo ficou;
a bravura apareceu
quando o sol noitificou-se.

Não tenho tempo
nem temo.
Não tenho.
Não.

Já é noite-dia!

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