15 maio 2015

Quadrilátero

Uma estante cheia de ideias e metal
Um altar cheio de fé 
Na cama sonhos e faltas refletida no espelho 
Um calendário convidativo 
E uma xícara entristecida de café...

Na porta eu penduro experiências e suor
Na parede tem quadro e guitarra 
Ainda tem um tapete para depois do dia 
E uma caixa de magias para o bem dormir

Um criado-mudo ninador
E fotografias que giram pelo ar
Tem até um computador e um armário
Uma janela de emergência 
E um pouco de memória e álcool para embriagar [a alma]

Os travesseiros são entes vivos que 
Dialogam, debatem e não me trazem paz de graça 
Mas trago em alto posto uma carranca
Que espanta as ameaças e as traças de  espíritos em desgraça. 

Tem um cadinho misticismo, judaísmo, budismo, freudismo e junguianismo
Outro tanto de candomblé, wicca, Pessoa, Joyce, Nietzsche
Mas tem algo que nunca falta
A sensação de vereda aberta esperando a caminhada. 

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